THERE IS NO END IN US
Os seus trabalhos assentam em três eixos de ação: Criação, Mediação e Programação, partindo sempre de abordagens que cruzam várias expressões artísticas, o que resulta normalmente em objetos performativos de identidade híbrida.
É nas artes performativas – teatro, dança, performance – que a Terceira Pessoa desenvolve a maioria dos seus trabalhos, tendo também desenvolvido projetos nas artes visuais, literatura e arte digital.
Abrangendo públicos de várias faixas etárias e de meios sócio-culturais diversos, a Terceira Pessoa constrói um projeto de aproximação da comunidade aos territórios culturais da sua zona, bem como de outros locais do país e de promoção de uma troca entre o património local e as linguagens contemporâneas.
– produção e criação de objetos artísticos com assinatura da estrutura e difusão das suas zonas de ação como lugares de produção e criação artística e de projetos comunitários a nível nacional e internacional;
– desenvolvimento e aproximação dos públicos às linguagens artísticas contemporâneas, através de dinâmicas de metodologias participativas e colaborativas regulares;
– organização de ciclos de programação artística pluridisciplinar que potenciem a circulação de criadores contemporâneos e o acesso público das populações a propostas de índole assumidamente contemporânea e experimental.
Em 2012 desenvolvem o projeto KURT COBAIN, que incluiu um grupo de jovens dos 13 aos 18 anos. Em 2013, no projeto HEY YOU, envolvem um grupo de 70 pessoas de todas as idades na criação e interpretação de um espetáculo-manifesto. Em 2014, com o projeto INSCRIÇÃO, criam um espetáculo em três partes tendo como ponto de partida o livro “Portugal, Hoje: o medo de existir” de José Gil. No mesmo ano estreiam a criação MÃOS PENSANTES OU MANUAL DE PENSAR. Em 2015 criam o espetáculo PRIMEIRA INFÂNCIA: UM FABULÁRIO, marcando presença no Ciclo Recém-Nascidos do TNDM II. No mesmo ano desenvolvem o projeto pluridisciplinar FILOSOFIA DA PAISAGEM. No ano de 2016 estreiam em Londres o espetáculo THE OLD IMAGE OF BEING LOVED, apresentado em vários teatros e festivais internacionais e nacionais. No ano de 2017 estreiam o espetáculo AQUI É SEMPRE OUTRO LUGAR e em 2018 o espetáculo de colaboração internacional KIF-KIF (co-produção com o Teatromosca e o Théatre de La Tête Noire).
Para além de projetos de criação, a Terceira Pessoa desenvolve ainda o SERVIÇO PÚBLICO – ciclo de conversas em torno da arte contemporânea; o HÁ FESTA NO CAMPO e o ALDEIAS ARTÍSTICAS, projeto de desenvolvimento das aldeias através de práticas artísticas. Mais recentemente, criaram o espetáculo SENSO COMUM – UMA VAGA LEMBRANÇA DE UM ESPETÁCULO e DA MINHA ALDEIA VEJO QUANTO DA TERRA SE PODE VER NO UNIVERSO (2018). No ano de 2019 criam o percurso artístico pluridisciplinar UMA LINHA É UM PONTO QUE PASSEIA.
Têm ainda realizado vários projetos no domínio dos cruzamentos disciplinares, envolvendo cada vez mais criadores provenientes de várias linguagens artísticas e de outras áreas do conhecimento como a filosofia e a ciência.
Óscar Silva
Ana Gil
Joana Gomes
Rita Piteira
Cátia Santos
Marta Costa
Satori Digital
Nuno Leão, Tiago Moura, Diogo Martins e Rui Dias
Em 2010 licenciou-se em Teatro (ramo Atores) pela ESTC. Em 2012/2013 frequentou o programa de Performance da Pós-graduação da ECA-USP. Em 2016 concluiu o Mestrado em Performance and Practice na University of the Arts London – Central Saint Martins, com bolsa da Fundação GDA. Entre 2010 e 2014 viveu e trabalhou em São Paulo onde foi assistente de direção da SP Escola de Teatro e foi responsável por diversos projetos pedagógicos e artísticos. Fez a École des Maîtres 2017. Trabalha sobretudo no campo lato do teatro e performance como criador, encenador, ator, tendo colaborado com inúmeros artistas e estruturas de diversas disciplinas e de diferentes países. É fundado do Sr. João, com quem trabalha com regularidade e atualmente é o diretor artístico da Terceira Pessoa.
Em 2012 funda com Nuno Leão a associação Terceira Pessoa, estrutura na qual assume a direção artística até 2023 e onde tem realizado projetos de criação em teatro e cruzamentos disciplinares, serviço educativo, desenvolvimento de públicos e programação. Ao longo do seu percurso colaborou com o Serviço Educativo do CTA de Castelo Branco e desenvolveu oficinas de expressão artística para vários teatros, escolas, museus e bibliotecas. Coordena e dirige projetos artísticos e educativos de intervenção em diversas comunidades, dos quais destaca: Há Festa no Campo (PARTIS – Fundação Calouste Gulbenkian & Fundação La Caixa); Manifesta-te (Academias Gulbenkian do Conhecimento); Espíritos Livres no Estabelecimento Prisional da Guarda (DgArtes); RádioATIVIDADE no Estabelecimento Prisional da Guarda (PARTIS – Fundação Calouste Gulbenkian & Fundação La Caixa). No ano de 2021 é docente convidada na Escola Superior de Educação de Castelo Branco.
Mestre em Estudos e Gestão da Cultura, pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e licenciada em Mediação Artística e Cultural, pela Escola Superior de Educação de Lisboa.
Ao longo da sua formação estagiou na CRINABEL Teatro, na Casa-Museu Doutor Anastácio Gonçalves e no Lisboa Pessoa Hotel.
Em 2020, colaborou na primeira edição do Gulbenkian 15-25 Imagina, uma iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian, integrada no projeto europeu Adest+. Ainda no decorrer de 2020, co-fundou a Associação Portuguesa de Mediação Artística e Cultural.
Nos últimos anos, tem trabalhado no Museu do Dinheiro e no Museu da Carris, como mediadora cultural. Colabora, também, com a Time Travellers e com a Pinóquio Fun & Culture em atividades com crianças.
Em novembro de 2024 integrou a equipa da Terceira Pessoa, como produtora executiva.
Rita Piteira licenciou-se em História com especialização em Animação e Gestão de Equipamentos Culturais (ISCTE – IUL); Curso em Gestão e Produção das Artes do Espetáculo (Fórum Dança). Nos últimos vinte anos, tem trabalhado em curadoria, gestão, programação, produção, comunicação e mediação cultural e colaborado com diversas entidades do meio artístico e cultural, a nível nacional e internacional, em projetos artísticos e culturais inclusivos, de artes performativas, arte e comunidade, arte participativa, turismo e património cultural. Desde 2015, é codiretora da Capote Música, onde é responsável por iniciativas como o Capote Fest, À Sombra, Musicálogos, entre outras produções, bem como o agenciamento de projetos musicais portugueses. Coordenou o projeto de mediação artística e comunitária Portadores de Arte (Évora 2021) e é responsável pela consultoria, coordenação e gestão de projetos culturais nacionais e europeus, abrangendo programas como o Creative Europe, Erasmus+, Gulbenkian, PARTIS e Dgartes. Atualmente, colabora com a associação cultural Terceira Pessoa, em Castelo Branco, nas áreas de comunicação e assessoria de imprensa.
Imersa no mundo do Design e do Audiovisual, licenciou-se em Design de Comunicação e Produção Audiovisual na ESART (2012) e, desde então, passou por várias funções ligadas à Realização, Pós-Produção e Criatividade em produtoras. Nos últimos 10 anos cruzou técnicas e mediums diferentes, explorou o orgânico e o tecnológico, criando uma linguagem estética que se decompõe por múltiplas camadas. Explora universos abstratos no seu trabalho desafiando continuamente a distinção entre o real e o imaginário. Em 2019, inicia um novo projeto como Co-Fundadora da Agência Criativa de Vídeo FLESH512, com o objetivo de trabalhar na área da publicidade digital. Desde 2014 colabora regularmente com a TERCEIRA PESSOA, sendo responsável pelo design de comunicação e edição de vídeo de vários projetos, incluindo o projeto “Há Festa no Campo / Aldeias Artísticas”, “Inscrição”, “Singular”, “Espíritos Livres” e “In Loco”.
Natural do Porto, estudou e estuda Audiovisual com ênfase em imagem, desde a ilustração à fotografia. Frequentou a Escola Artística Soares dos Reis, onde estagiou na OFM- Orquestra de Famílias de Matosinhos. No ensino superior participou do programa Erasmus+ no qual concluiu um semestre em Sofia, Bulgária. Realizou o registo de variados eventos como a “Festa do Sol” de 2023 na Ilha Terceira, Açores e participou em Workshops como o Workshop Iluminação lecionado por Andreia Santos na DeM Week’23. Manifesta ainda interesse nas mais variadas áreas para além da aprofundada, participando no Workshop de Técnicas de Representação para Televisão e Publicidade com Rui Santos em Aveiro, julho de 2023 e voluntariando para a APN- Associação Portuguesa de Neuromusculares também em 2023. Colabora de momento com a Terceira Pessoa, desenvolvendo trabalho de registo audiovisual dos diversos projetos da associação.
Diogo Martins (n. 1986) é licenciado em Estudos Portugueses, no ramo ensino. Como boleiro da FCT, doutorou-se em Teoria da Literatura, com uma tese intitulada ‘The greener grass: da autorrepresentação em Alanis Morissette’. Entre 2017 e 2023, desenvolveu o projeto de pós-doutoramento ‘Ousar corromper: (o)caso retratístico em Rui Nunes’, também financiado pela FCT. Com a Terceira Pessoa, desenvolveu oficinas de leitura no âmbito do espetáculo ‘Inscrição’ (2014) e tem dinamizado, desde 2021, várias edições do projeto ‘Serviço Público’. É coautor dos livros de ensaio e fotografia ‘Inside/Ouside’, ‘Dizer adeus às coisas’ (com Nuno Leão) e ‘Na imprecisa visão do vento’ (com Susana Paiva). Em 2020, integrou o coletivo transdisciplinar ‘Rastro, Margem, Clarão’, um projeto da Terceira Pessoa dedicado à escrita de Rui Nunes. Tem artigos e ensaios em publicações dispersas sobre poesia, literatura e artes performativas. Colabora na revista Vila Nova Online.
Dedica-se ao cinema e à fotografia. Em 2009, inicia os seus estudos na ESART (Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco) na Licenciatura em Design de Comunicação e Produção Audiovisual, tendo terminado os mesmos no ano de 2013. Com a Terceira Pessoa foi responsável vídeo e fotografia de várias criações como “Kurt Cobain”, “Hey You”, “Inscrição”, “Senso Comum – uma vaga lembrança de um espetáculo”, entre outras. Realizou o documentário “Onde as oliveiras crescem os homens não morrem”, sobre o projeto Há Festa no Campo/Aldeias Artísticas. Criou “Para que servem poetas em tempos de indigência?”, um vídeo-poema a partir de “A Terceira Miséria” de Hélia Correia; e co-criou o percurso e instalação pluridisciplinar “Uma linha é um ponto que passeia”. Realizou ainda uma curta-metragem documental em Parceria com o Coletivo Warehouse com apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. Atualmente, desenvolve vídeo e fotografia dos projetos “Manifesta-te” e “Rastro, Margem, Clarão” da Terceira Pessoa.
Licenciado em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa. Desenvolve o seu trabalho artístico desde 2004, tendo desenvolvido vários projetos que atravessam os domínios da criação, formação, mediação, investigação e programação. Colaborou com vários teatros e estruturas artísticas como Artistas Unidos, Teatro Praga, Kobalt Works, Teatro Nacional São Carlos, Teatro Nacional D. Maria II, Cooperativa Comunicação e Cultura, Ajidanha, Cães à Solta, Comédias do Minho, entre outras. Em 2012 funda, com Ana Gil, a Terceira Pessoa – Associação. Aí assume funções de direção artística, tendo desenvolvido vários projetos de criação artística em teatro, performance e artes visuais, projetos de formação artística e mediação, investigação, edição e programação nos mais variados contextos e geografias. Desde 2019 tem assumido as funções de Professor Adjunto Convidado na Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa, onde leciona as disciplinas de Interpretação.
Apresenta regularmente trabalho artístico como compositor, performer e como programador, tendo como áreas privilegiadas a música electroacústica, a improvisação e a criação de sistemas musicais e multimédia interativos. Entre os eventos e concertos onde participou encontra-se o Festival Música Viva (Lisboa), Festival “Synthèse” (Bourges, França), Dias de Música Electroacústica, Unicer Laboratório Criativo, Festival Tom de Vídeo (Tondela), Festival Future Places (Porto), Guimarães 2012 capital europeia da cultura, Manobras no Porto, Suoni Inauditi (Livorno, Itália), Sonoscopia (Porto), Janeiro dos Grandes Espetáculos (Recife, Brasil), Serralves em Festa (Porto), Noite Branca (Braga), CARA Ano Zero (Matosinhos); Festival Semibreve (Braga), Phonambient Braga (GNRation), Som Riscado (Loulé).