THERE IS NO END IN US
Os seus trabalhos assentam em três eixos de ação: Criação, Mediação e Programação, partindo sempre de abordagens que cruzam várias expressões artísticas, o que resulta normalmente em objetos performativos de identidade híbrida.
É nas artes performativas – teatro, dança, performance – que a Terceira Pessoa desenvolve a maioria dos seus trabalhos, tendo também desenvolvido projetos nas artes visuais, literatura e arte digital.
Abrangendo públicos de várias faixas etárias e de meios sócio-culturais diversos, a Terceira Pessoa constrói um projeto de aproximação da comunidade aos territórios culturais da sua zona, bem como de outros locais do país e de promoção de uma troca entre o património local e as linguagens contemporâneas.
– produção e criação de objetos artísticos com assinatura da estrutura e difusão das suas zonas de ação como lugares de produção e criação artística e de projetos comunitários a nível nacional e internacional;
– desenvolvimento e aproximação dos públicos às linguagens artísticas contemporâneas, através de dinâmicas de metodologias participativas e colaborativas regulares;
– organização de ciclos de programação artística pluridisciplinar que potenciem a circulação de criadores contemporâneos e o acesso público das populações a propostas de índole assumidamente contemporânea e experimental.
A Terceira Pessoa (TP) inicia a sua atividade artística em 2012 com o projeto KURT COBAIN, tendo no ano seguinte estreado o espetáculo-manifesto HEY YOU, projetos estes que envolveram mais de 70 pessoas de todas as idades, em Castelo Branco. Em 2014 estreia o tríptico INSCRIÇÃO e o espetáculo MÃOS PENSANTES OU MANUAL DE PENSAR. Integrada no Ciclo Recém-Nascidos do TNDM II, apresenta em 2016 o espetáculo PRIMEIRA INFÂNCIA: UM FABULÁRIO. Nesse mesmo ano estreia o projeto pluridisciplinar FILOSOFIA DA PAISAGEM e apresenta-se no Camden People’s Theatre e na Roundhouse, em Londres, com THE OLD IMAGE OF BEING LOVED, o primeiro de quatro espetáculos, que radicalizam o fenómeno teatral e os conceitos a ele associado. Seguiram-se SENSO COMUM (2018), TEKNÉ (2021) e OS IDIOTAS (2023), este último em coprodução com o TNDII, e apresentado em 2024 no Centro Cultural de Belém.
Ainda em 2018, em coprodução com o Teatromosca e o Théatre de La Tête Noire, estreia KIF-KIF, tendo no mesmo ano iniciado o projeto DA MINHA ALDEIA VEJO QUANTO DA TERRA SE PODE VER NO UNIVERSO, um trabalho que continua em circulação até à data de hoje.
Em 2019 cria o percurso artístico pluridisciplinar UMA LINHA É UM PONTO QUE PASSEIA, e ainda no âmbito dos projetos pluridisciplinares, em 2020-2021, a partir do universo literário de Rui Nunes, desenvolve RASTRO, MARGEM, CLARÃO, de onde resultam 3 objetos performativos, 3 exposições fotográficas e 3 livros. Entre 2021 e 2024 realiza vários projetos no domínio dos cruzamentos disciplinares, tais como QR CODE, A POSSIBILIDADE DE UMA ILHA e IN LOCO.
Desde 2020 que produz anualmente o Festival SINGULAR. Já no campo dos projetos artísticos e educativos de intervenção em diversas comunidades, têm destaque os projetos HÁ FESTA NO CAMPO (PARTIS – Fundação Calouste Gulbenkian & Fundação La Caixa); MANIFESTA-TE (Academias Gulbenkian do Conhecimento); ESPÍRITOS LIVRES, com o espetáculo PARA QUE LADO FICA O AMANHÃ? (Direção-Geral das Artes – Apoio em parceria: Programa Arte e Reinserção Social) em parceira com o Estabelecimento Prisional da Guarda; e no mesmo Estabelecimento Prisional, em parceria com a Antena 2 e a ESART, o projeto de teatro radiofónico RadioATIVIDADE (PARTIS – Fundação Calouste Gulbenkian & Fundação La Caixa); e ESTADO ATIVO (Programa de Apoio em Parceria – “Arte pela Democracia” no contexto das Comemorações do 50º aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974).
Ao longo do seu histórico a Terceira Pessoa já criou mais de 50 projetos em diferentes áreas artísticas, alcançando uma grande diversidade de público e colaborando com criadores provenientes contextos e práticas e de outras áreas do conhecimento como a filosofia e a ciência e apresentado trabalhos em todo o território nacional e países como Brasil, Espanha, Cabo Verde, França, Alemanha e Reino Unido.
Óscar Silva
Ana Gil
Joana Gomes
Rita Piteira
Cátia Santos
Marta Costa
Satori Digital
Nuno Leão, Tiago Moura, Diogo Martins e Rui Dias
Em 2010 licenciou-se em Teatro (ramo Atores) pela ESTC. Em 2012/2013 frequentou o programa de Performance da Pós-graduação da ECA-USP. Em 2016 concluiu o Mestrado em Performance and Practice na University of the Arts London – Central Saint Martins, com bolsa da Fundação GDA. Entre 2010 e 2014 viveu e trabalhou em São Paulo onde foi assistente de direção da SP Escola de Teatro e foi responsável por diversos projetos pedagógicos e artísticos. Fez a École des Maîtres 2017. Trabalha sobretudo no campo lato do teatro e performance como criador, encenador e ator, tendo colaborado com inúmeros artistas e estruturas de diversas disciplinas e de diferentes países. É fundador do Sr. João, com quem trabalha com regularidade e atualmente é o diretor artístico da Terceira Pessoa.
Em 2012 funda com Nuno Leão a associação Terceira Pessoa, estrutura na qual assume a direção artística até 2023 e onde tem realizado projetos de criação em teatro e cruzamentos disciplinares, serviço educativo, desenvolvimento de públicos e programação. Ao longo do seu percurso colaborou com o Serviço Educativo do CTA de Castelo Branco e desenvolveu oficinas de expressão artística para vários teatros, escolas, museus e bibliotecas. Coordena e dirige projetos artísticos e educativos de intervenção em diversas comunidades, dos quais destaca: Há Festa no Campo (PARTIS – Fundação Calouste Gulbenkian & Fundação La Caixa); Manifesta-te (Academias Gulbenkian do Conhecimento); Espíritos Livres no Estabelecimento Prisional da Guarda (DgArtes); RadioATIVIDADE no Estabelecimento Prisional da Guarda (PARTIS – Fundação Calouste Gulbenkian & Fundação La Caixa). No ano de 2021 é docente convidada na Escola Superior de Educação de Castelo Branco.
Mestre em Estudos e Gestão da Cultura, pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e licenciada em Mediação Artística e Cultural, pela Escola Superior de Educação de Lisboa.
Ao longo da sua formação estagiou na CRINABEL Teatro, na Casa-Museu Doutor Anastácio Gonçalves e no Lisboa Pessoa Hotel.
Em 2020, colaborou na primeira edição do Gulbenkian 15-25 Imagina, uma iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian, integrada no projeto europeu Adest+. Ainda no decorrer de 2020, co-fundou a Associação Portuguesa de Mediação Artística e Cultural.
Nos últimos anos, tem trabalhado no Museu do Dinheiro e no Museu da Carris, como mediadora cultural. Colabora, também, com a Time Travellers e com a Pinóquio Fun & Culture em atividades com crianças.
Em novembro de 2024 integrou a equipa da Terceira Pessoa, como produtora executiva.
Rita Piteira licenciou-se em História com especialização em Animação e Gestão de Equipamentos Culturais (ISCTE – IUL); Curso em Gestão e Produção das Artes do Espetáculo (Fórum Dança). Nos últimos vinte anos, tem trabalhado em curadoria, gestão, programação, produção, comunicação e mediação cultural e colaborado com diversas entidades do meio artístico e cultural, a nível nacional e internacional, em projetos artísticos e culturais inclusivos, de artes performativas, arte e comunidade, arte participativa, turismo e património cultural. Desde 2015, é codiretora da Capote Música, onde é responsável por iniciativas como o Capote Fest, À Sombra, Musicálogos, entre outras produções, bem como o agenciamento de projetos musicais portugueses. Coordenou o projeto de mediação artística e comunitária Portadores de Arte (Évora 2021) e é responsável pela consultoria, coordenação e gestão de projetos culturais nacionais e europeus, abrangendo programas como o Creative Europe, Erasmus+, Gulbenkian, PARTIS e Dgartes. Atualmente, colabora com a associação cultural Terceira Pessoa, em Castelo Branco, nas áreas de comunicação e assessoria de imprensa.
Imersa no mundo do Design e do Audiovisual, licenciou-se em Design de Comunicação e Produção Audiovisual na ESART (2012) e, desde então, passou por várias funções ligadas à Realização, Pós-Produção e Criatividade em produtoras. Nos últimos 10 anos cruzou técnicas e mediums diferentes, explorou o orgânico e o tecnológico, criando uma linguagem estética que se decompõe por múltiplas camadas. Explora universos abstratos no seu trabalho desafiando continuamente a distinção entre o real e o imaginário. Em 2019, inicia um novo projeto como Co-Fundadora da Agência Criativa de Vídeo FLESH512, com o objetivo de trabalhar na área da publicidade digital. Desde 2014 colabora regularmente com a TERCEIRA PESSOA, sendo responsável pelo design de comunicação e edição de vídeo de vários projetos, incluindo o projeto “Há Festa no Campo / Aldeias Artísticas”, “Inscrição”, “Singular”, “Espíritos Livres” e “In Loco”.
Natural do Porto, estudou e estuda Audiovisual com ênfase em imagem, desde a ilustração à fotografia. Frequentou a Escola Artística Soares dos Reis, onde estagiou na OFM- Orquestra de Famílias de Matosinhos. No ensino superior participou do programa Erasmus+ no qual concluiu um semestre em Sofia, Bulgária. Realizou o registo de variados eventos como a “Festa do Sol” de 2023 na Ilha Terceira, Açores e participou em Workshops como o Workshop Iluminação lecionado por Andreia Santos na DeM Week’23. Manifesta ainda interesse nas mais variadas áreas para além da aprofundada, participando no Workshop de Técnicas de Representação para Televisão e Publicidade com Rui Santos em Aveiro, julho de 2023 e voluntariando para a APN- Associação Portuguesa de Neuromusculares também em 2023. Colabora de momento com a Terceira Pessoa, desenvolvendo trabalho de registo audiovisual dos diversos projetos da associação.
Diogo Martins (n. 1986) é licenciado em Estudos Portugueses, no ramo ensino. Como boleiro da FCT, doutorou-se em Teoria da Literatura, com uma tese intitulada ‘The greener grass: da autorrepresentação em Alanis Morissette’. Entre 2017 e 2023, desenvolveu o projeto de pós-doutoramento ‘Ousar corromper: (o)caso retratístico em Rui Nunes’, também financiado pela FCT. Com a Terceira Pessoa, desenvolveu oficinas de leitura no âmbito do espetáculo ‘Inscrição’ (2014) e tem dinamizado, desde 2021, várias edições do projeto ‘Serviço Público’. É coautor dos livros de ensaio e fotografia ‘Inside/Ouside’, ‘Dizer adeus às coisas’ (com Nuno Leão) e ‘Na imprecisa visão do vento’ (com Susana Paiva). Em 2020, integrou o coletivo transdisciplinar ‘Rastro, Margem, Clarão’, um projeto da Terceira Pessoa dedicado à escrita de Rui Nunes. Tem artigos e ensaios em publicações dispersas sobre poesia, literatura e artes performativas. Colabora na revista Vila Nova Online.
Dedica-se ao cinema e à fotografia. Em 2009, inicia os seus estudos na ESART (Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco) na Licenciatura em Design de Comunicação e Produção Audiovisual, tendo terminado os mesmos no ano de 2013. Com a Terceira Pessoa foi responsável vídeo e fotografia de várias criações como “Kurt Cobain”, “Hey You”, “Inscrição”, “Senso Comum – uma vaga lembrança de um espetáculo”, entre outras. Realizou o documentário “Onde as oliveiras crescem os homens não morrem”, sobre o projeto Há Festa no Campo/Aldeias Artísticas. Criou “Para que servem poetas em tempos de indigência?”, um vídeo-poema a partir de “A Terceira Miséria” de Hélia Correia; e co-criou o percurso e instalação pluridisciplinar “Uma linha é um ponto que passeia”. Realizou ainda uma curta-metragem documental em Parceria com o Coletivo Warehouse com apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. Atualmente, desenvolve vídeo e fotografia dos projetos “Manifesta-te” e “Rastro, Margem, Clarão” da Terceira Pessoa.
Licenciado em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa. Desenvolve o seu trabalho artístico desde 2004, tendo desenvolvido vários projetos que atravessam os domínios da criação, formação, mediação, investigação e programação. Colaborou com vários teatros e estruturas artísticas como Artistas Unidos, Teatro Praga, Kobalt Works, Teatro Nacional São Carlos, Teatro Nacional D. Maria II, Cooperativa Comunicação e Cultura, Ajidanha, Cães à Solta, Comédias do Minho, entre outras. Em 2012 funda, com Ana Gil, a Terceira Pessoa – Associação. Aí assume funções de direção artística, tendo desenvolvido vários projetos de criação artística em teatro, performance e artes visuais, projetos de formação artística e mediação, investigação, edição e programação nos mais variados contextos e geografias. Desde 2019 tem assumido as funções de Professor Adjunto Convidado na Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa, onde leciona as disciplinas de Interpretação.
Apresenta regularmente trabalho artístico como compositor, performer e como programador, tendo como áreas privilegiadas a música electroacústica, a improvisação e a criação de sistemas musicais e multimédia interativos. Entre os eventos e concertos onde participou encontra-se o Festival Música Viva (Lisboa), Festival “Synthèse” (Bourges, França), Dias de Música Electroacústica, Unicer Laboratório Criativo, Festival Tom de Vídeo (Tondela), Festival Future Places (Porto), Guimarães 2012 capital europeia da cultura, Manobras no Porto, Suoni Inauditi (Livorno, Itália), Sonoscopia (Porto), Janeiro dos Grandes Espetáculos (Recife, Brasil), Serralves em Festa (Porto), Noite Branca (Braga), CARA Ano Zero (Matosinhos); Festival Semibreve (Braga), Phonambient Braga (GNRation), Som Riscado (Loulé).